segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Respingos de uma desilusão


Acordei no meio da noite, ainda sonolento.
Lá fora chovia fortemente,
os ventos derrubavam as pitangas
                           [do vizinho,
que estavam vermelhas de maduras.

Aqui dentro também chovia fortemente.
Queria voltar a dormir,mas algo me impedia.
A janela da sala estava batendo
                           [sem rumo,
como se pedindo para ser fechada.

Sozinho naquela noite, meio singular,
tentando voltar ao que me parecia estar bom,
o sono me consomia, mas eu não podia dormir.
A janela já estava fechada, o vento já tinha parado
assim como a chuva. 
                          [ mas meu coração não.

Henrique Abrantes e Karoline Soares

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Embaixo do meu travesseiro